Meteoros, meteoritos e
meteoróides
terça-feira, 24 de abril de 2012
Meteoros, meteoritos e meteoróides
Quando você está apreciando o céu com amigos, é comum um deles
gritar:-
Olhe! Um meteoro,
você viu? Ali, daquele lado, caiu uma estrela!Normalmente a gente não viu. O rastro de um meteorito, com raras exceções,
dura muito pouco tempo, menos que um segundo. A menos que exista um grupo de
meteoróides em
rota de colisão, poderemos esperar por bastante tempo sem ver outro traço. Mas
porque tantos nomes diferentes?Meteoro, meteorito, estrela cadente, estrela fugaz, estrela filante
são nomes dados a um fenômeno que ocorre quando pequenas partículas rochosas ou
metálicas penetram a nossa atmosfera a alta velocidade, são vaporizadas devido
ao calor gerado pelo atrito com o ar, e se combinam com o oxigênio queimando com
brilho de cores e intensidades variadas. Mas vamos separar as coisas.Meteoro foi o nome dado pelos
gregos aos fenômenos atmosféricos (do grego: metéoros = coisas do ar), assim, a
chuva, o vento, o rastro de um meteorito, uma nuvem ou um arco-íris podem ser
chamados de meteoros, já que são fenômenos que ocorrem dentro da atmosfera. Dai
vem o nome meteorologia, dado à ciência que estuda os
fenômenos atmosféricos. Cuidado, muita gente escreve e fala "metereologia". Para
não errar é só lembrar do meteoro.Meteoritos são as partículas
causadoras de alguns meteoros (fenômenos). O rastro luminoso de um meteorito é
um meteoro. Mas não podemos dizer: - Caiu um meteoro lá no sítio. Meteoros não
caem. O que cai vez ou outra é o meteorito, que se for de tamanho suficiente,
pode sobreviver ao atrito da atmosfera e chegar ao solo. Alguns podem chegar até
bem grandes e causar danos consideráveis. Alguns já caíram sobre casas e
automóveis, e atingiram aviões durante o vôo! Grandes meteoritos normalmente são
procurados, encontrados, analisados e expostos em museus. Meteoritos de grandes
dimensões são raros. Para avaliar quantos pequenos meteoritos caem sobre a Terra
diariamente, faça uma experiência interessante. Coloque um imã forte no cano de
descida das águas de chuva de um telhado grande. Como a maior parte dos
meteoritos contém ferro e níquel, eles vão aderir ao imã.E
meteoróides? Estes são candidatos a se tornar
meteoritos. Se encontram vagando pelo espaço, à espera que algum dia penetrem na
atmosfera. Meteoróides são restos de cometas ou asteróides que se chocaram e
partiram e têm dimensões mínimas, entre poucos micra (plural de mícron) e alguns
centímetros, tão pequenos que não podem ser detectados. Alguns meteoróides
chegam a resvalar pela atmosfera superior e voltar ao espaço. É que o angulo de
entrada foi tão raso, que ele não conseguiu penetrar, como uma pedra chapinhando
na água.Durante algumas épocas do ano temos a ocorrências de chuvas de meteoritos. Não se
enganem com este nome, uma chuva destas pode significar 30 ou 40 traços por
hora, mas, como são fenômenos imprevisíveis, podem surpreender. É recomendável
observar ao longo do período, pois seu máximo pode variar um dia a mais ou a
menos. Estas chuvas ocorrem quando a Terra, percorrendo a sua órbita anual,
atravessa regiões com alta concentração de meteoróides. Como a parte "da frente"
está perpendicular à posição do Sol, estes fenômenos são melhor observados
durante a madrugada. A Terra se move a mais de cem mil quilômetros por hora, e
vai atropelando o que estiver pelo caminho. Para um observador, todos estes
traços parecem ter uma origem comum. Este ponto é chamado de radiante. Quando o radiante
está em uma determinada constelação, ele toma seu nome emprestado. Assim temos a
chuva com o radiante em Orion, que chamamos de Orionídeos. Se for em Leo,
chamamos de Leonídeos. Quadrantídeos tem este nome devido à antiga denominação
da constelação de Quadrantis Muralis, que foi renomeada como Bootes. Abaixo
listamos as chuvas mais notáveis.
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